quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Homenagem póstuma a meu pai



Arno Heberle

Faleceu em 26 de junho de 2009.

Havia completado 92 anos, cinco dias antes, dia 21.

Arno Heberle nasceu em Estrela, RS em 21 de junho de 1917.

Filho de Pedro Adolfo Heberle e Barbara Friedrich.
Faleceu em Tunápolis, SC






Histórico

Formou-se na Escola Preparatória de Professores em Novo Hamburgo, RS (Escola Normal Católica) mantida pelo Volksverein. Ali estudou de 1934 a 1937, obtendo tambem diploma de organista.


Numa edição de 1985 da revista Paulusblatt, um ex-aluno da mesma Escola, lembra-o atuando numa comédia teatral apresentada na Sociedade de Ginástica de Hamburgo Velho, em evento de final dum ano letivo. Incorporado ao Exército no 18 RI em São Leopoldo RS, em 1939

Transferido a Pelotas RS. Após dois anos deu baixa como terceiro sargento. Reservista convocado ao final da segunda guerra mundial, deslocou-se a Santa Maria RS, sendo porem liberado em seguida.

Mudou-se nos finais dos anos trinta para a nova colonização do Volksverein, Porto Novo, atual Itapiranga (desmembrada nos tambem municípios São João do Oeste e Tunápolis).

Casou, em 1943, com Norma Ruschel. Tiveram 15 filhos, dos quais 3 falecidos.

Foi professor pioneiro em São João, como era denominada esta comunidade na Colonia Porto Novo, lecionando em alemão, até a nacionalização das escolas, e português simultaneamente e após a nacionalização. De início na condição de contratado para a escola particular do Volksverein e após como professor estadual., cerca de sete anos ao todo.

Como professor da comunidade, exercia tambem funções religiosas, como dirigir cultos e funerais que lhes cabiam na época, na falta de padre.

(O município de São João do Oeste, consta no IBGE-2002 como o de menor índice de analfabetismo entre os mais de cinco mil municípios do Brasil).

Ainda em São João do Oeste, também foi o primeiro dirigente do Coral Santa Cecília. Enquanto lá residiu , exerceu várias outras atividades públicas alem das já mencionadas. Tais como Juiz de Paz, Intendente-exator ou sub-prefeito, correspondente da Sparkasse (Sicredi), escrevente juramentado, até mudar-se com a família para Tunas, atual Tunápolis. Mudou a Tunápolis para assumir a Escrevania de Paz ( Registro Civil e Tabelionato), em 1962. Aposentou-se nesta função, como Serventuário Extrajudicial de SC, em 1989.

Muito sereno e conciliador, podemos tomá-lo também como exemplo de protagonista na descrição de várias situações vividas por alemães e descendentes, especialmente no período da II Guerra Mundial. Talvez eu aborde ainda temas (em outro blog) como a nacionalização das escolas e deslocamento compulsório de alemães na então Porto Novo (que hoje abrange os municípios de Itapiranga, São João do Oeste e Tunápolis).
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