Segue a segunda carta, e um bilhete.
Natal,
25.12.1927
Amada irmã e família
Antes de tudo preciso amavelmente pedir desculpa, que deixei
esperar tanto tempo por
resposta. Recebemos vossas estimadas fotos e cartas em
26 de março. Após a chegada
enviei o que é raro um cartão postal, que
provavelmente receberam.
Amada Rosa, tu me proporcionastes enorme alegria com as
vossas fotos. Ambos aparentam
estarem muito bem e vigorosos e desejo a todos
vocês de todo coração que permaneçam
saudáveis e felizes por muito tempo.
Quanto a nós, também permanecemos ainda com saúde. Quando se
está acima de 50, então
se manifesta de vez em quando aqui e acolá a velhice. Aqui
é mais difícil do que lá, pois o
trabalho é duro demais, isto minha querida
irmã deves ainda saber. Em teu escrito participas
a mim, que tiveram que passar
por muito (muita coisa). Quero-lhes acreditar isto de coração.
Sim amada irmã,
nós também tivemos durante a guerra nossos pensamentos constantemente
com
vocês, e por vocês rezado e chorado. Queira Deus proteger, que tal não aconteça mais,
nem aqui
nem lá com vocês.
Aqui conosco houve novamente casamento. Nosso filho Rudolf (Nota 1) casou dia 12 de
novembro com
uma filha do Lütcke, portanto da casa comercial, onde antigamente era
Augusto
Veit. A mãe dela é uma irmã da senhora Veit. Talvez lembras ainda da pequena
Venda (casa comercial) do Veit. Agora
naturalmente está tudo diferente do que naquele
tempo, nosso filho já explora a
ferraria por conta própria há 1½, mora junto em nossa terra
(colônia). Ele
aprendeu com nosso genro Albino Ruschel,
casado com nossa filha Frieda.
Eles
também mudaram para muito longe, para as colônias novas.
Aqui eles tinham uma ferraria que ia muito bem, junto à
igreja católica. Ele gostaria mais
trabalhar na lavoura e aqui a terra é muito
cara, por isto muitos tem que ir muito longe para
a mata virgem. (Nota 2)
Nosso segundo filho mais velho Carlos também foi junto na
mudança. (Nota3) Agora
queremos
esperar o melhor, que se mantenham saudáveis. Grande ajuda, não tem ainda.
A
mais velha de Frieda está com 5 anos e duas crianças menores.(Nota 4) Apenas recebemos
uma carta, a
gente se preocupa muito quando filhos vão tão longe para a selva. Teus filhos
tens
ao redor, podes dividir com eles alegrias e tristezas. E apenas ainda um
neto, eu já tenho 10.
Nossa filha Elli também mudou adiante, 4 horas de nós
para o Teewald (= Santa Maria do
Herval), vai muito bem e também a nossa Rosa. (Nota 5)
Amada irmã, tu escreves que muita coisa mudou em querida
terra natal, isto acredito depois de
tantos anos, e mesmo assim eu ainda me orientaria,
ainda que eu chegasse em casa durante
a noite. Também aqui várias coisas
mudaram, o mato está quase todo derrubado, as estradas
estão em boas condições,
praticamente todos os dias passam carros. Para chegar ao trem
temos 3 horas a
cavalo, dali de onde morávamos em Ávila, se te recordas ainda, ainda é uma
boa
hora ate a estação, dali 5 horas de trem a Porto Alegre. Lá com vocês já deve
existir
tráfego aéreo. Sim, quem teria
alguma vez imaginado isto.
As moças grandes se dignarem a vestir tão curto e cortarem o
cabelo, que nem os rapazes,
mas é moderno. Também perguntas o que foi feito da
casa paterna. Não existe mais muito dela.
O atual proprietário reformou
(reconstruiu) tudo. Também não posso contar-lhe muito do irmão
Erhard.(Nota 6) Não nos encontramos com
freqüência. Ele está com o filho, que também tem
uma ferraria. A foto eu dei para ele. Do irmão Carlos,(Nota 7) casou a filha. Entreguei a foto
que enviastes junto. Ela agradece e saúda a todos. Eles vão muito bem, apenas a
cunhada
estava agora sempre adoentada. E agora querida irmã e cunhado queremos
agradecer de
coração a grande alegria, que nos proporcionaram com a chegada de
vossas estimadas fotos.
Também transmita a teu filho Hugo os melhores
cumprimentos e cordial agradecimento.
Ao mesmo tempo agradecemos pelo livro de
Richters Robert, uma amada lembrança da
terra natal. Agora amada irmã porem me
falta ainda foto da irmã Hermina, porque ela nem
pensa mais em mim. Sabes ainda como
acontece, quando se está tão distante. Transmita
a ela e família nossas
cordiais saudações a todos, e ela que também escreva uma vez para nós.
Na tua
estimada carta a sobrinha Emmie escreveu algumas linhas pelo que agradeço de
coração e peço que ela cumpra o prometido, e nos alegre com fotos. As mais
cordiais
saudações a ela e seu estimado marido.
E o que faz o pessoal em minha querida Wiesenthal, eu queria
ir à Feira (ironia) que
aconteceu em maio, mas era longe demais para mim.
O que ainda faz a família de meu falecido irmão, que esteja
tudo bem. Já espero há muito
tempo por uma resposta à minha carta, que remeti em fevereiro. A todos
eles transmita
cordiais saudações e mais uma vez muito obrigado pelas lindas
lembranças de minha
Wiesenthal. Cumprimento também minha amiga de antigamente e
Elli Richter e Anna
Zimmermann e outros mais.
A novidade, que ainda devo compartilhar convosco, é que
nosso filho Rudolf deverá ir
ao Exército, por um ano. Ele tem 22 anos. Eu em
breve irei enviar uma foto dele. Ainda
não estão prontas.
Envio anexo a vocês também uma foto estragada de nós. Nesta
terra (aqui) é mesmo muito
dinheiro e mercadorias ruins, quase tenho que
envergonhar-me, pois eu pareço como uma
velha brasileira.
Agora encerro minha carta com as mais cordiais saudações a
todos vocês, na esperança de
a carta os encontrar na melhor saúde, ao mesmo
tempo Feliz Natal e Próspero Ano Novo
E, por gentileza escrevam carta bem longa em breve.
Ainda que haja entre nós milhares de milhas, corra entre nós
o grande oceano, mas o amor
sabe percorrer o espaço, chega a vocês amados na
terra natal. Adeus.
Em nossa redondeza veio morar um médico alemão, ele é de
Rumburg, nome Heissler,
três anos do exterior.
- x –
Bilhete junto a alguma das cartas
Amada irmã, (Nota 8)
Estas fotos são de Porto Novo, lá onde nossa Frieda e Carlos
moram. Frieda mora na
cidade,(Nota 9)
agora já está com muitas construções e Carlos mais para fora. Eles vão
bem e o
bonito [...]
Amada Hermine, por favor envie o endereço do teu filho
Willi, nós sempre recebemos
jornais de um engenheiro Schneid de Dessau, eles
chegam regularmente. Mais uma vez
saudações, vossa irmã.
(No verso)
Saúdem meus velhos conhecidos, escrevam para mim quais de
meus amigos ainda vivem.
Vive ainda Anna Zimmermann, R. Robert? A Richter
Re(s)li, saúdem a todos.
Amada Hermine não tens uma foto de meu sobrinho Karli como
soldado, com suas muitas
condecorações, ainda que antiga, nós somos orgulhosos
pelas lindas fotos de soldados filhos
de ti e da Rosa.
Adeus
-//-
Notas:
Lembrando que a carta foi escrita por Maria Pfeifer (nasc. Zimmermann), casada com Siegmund
Pfeifer, (de Linha Araripe, Nova Petrópolis, RS no Brasil) para sua irmã Rosa Stejskal (nasc. Zimmermann, em Wiesenthal Böhmen) morando a partir de 1920 em Gablonz a.d.Neisse,
na Bohemia, hoje Jablonec nad Nisou, na República Tcheca.
(1) – Rudolf
Pfeifer = Rudi, ferreiro conf. (Nota 6 ) carta anterior;
(2) –
Albino Ruschel, casado com Frieda Pfeifer, mudou para a colônia nova,.
Neste caso para Porto Novo, na
zona urbana da época de Sede Capela, que
havia alem da Sede que é hoje
Itapiranga.
Aqui podemos cruzar fontes e informações:
Este histórico, no qual consta
ter mudado para Porto Novo em setembro de 1927,
Interessante
tambem uma carta entre dois amigos de Albino Ruschel, datada em agosto
de 1927,
mencionando que Albino vendeu a ferraria em Linha Imperial, com
nome do
Para complementar: Em Sede Capela até 1939, mudou com a ferraria a São
João, e por fim
mudança em 1939. Frida faleceu em 1962 e Albino em
1978, ambos em Itapiranga,SC
Morei com estes avós, em 1960/62, para concluir o ginasial.
(3) - Portanto
Carlos Pfeifer, irmão de Frida, cunhado de Albino Ruschel. Como Albino e
Frida
moravam na zona urbana, e Carlos mais afastado ( Linha Fortaleza)
podemos concluir que na foto relativa a Porto Novo aparece Carlos.
(4) – A
filha mais velha de Frida e Albino é Norma Ruschel (minha mãe) que casou com
Arno Heberle. Nasceu em 17 de julho 1923, tendo perto de 5 anos na data da
carta
dezembro 1927, e a mudança para Porto Novo foi em setembro 1927.
As duas outras
crianças eram Walter e Emmy. Veja o histórico no link acima colocado,
na (Nota
2);
(5) – “Também a nossa Rosa” significa filha (Rosa Pfeifer),
isto é sobrinha da Rosa irmã
de Maria destinatária da carta. Completa a (Nota
5) relativa à primeira carta
Em Briefe aus Brasilien – 1;
(6) – Erhard Zimmermann;
(7) - Carlos Zimmermann;
(8) – Bilhete dirigido à irmã Hermine;
(9) Fotos de Porto Novo, veja nota (3) acima;
- x -
Pelo conteúdo das cartas e bilhete, Carlos Pfeifer
cunhado de Albino Ruschel
irmão de Frida Pfeifer casada com Albino Ruschel
Com dúvidas na identificação das pessoas.
Em Porto Novo (atual município Itapairanga)
1927.
(Foto em arquivo na Europa, a/c Steffen Geissler)
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[ein
kleiner Zettel im Brief von 1925 – bedeutet nicht, dass dieser Zettel
ursprünglich in diesem
Brief war]
Liebe Schwestern,
diese Bildchen sind von Porto Novo, dort wo
unsere Frieda und Karlos wohnen. Frieda
wohnt am Stadtplatz, ist schon jetzt
sehr bebaut und Karlos mehr auswärts.
Geht ihnen
gut und den schönen […]
Liebe Hermine, bitte schicke mir die Adresse
von Deinem Sohne Willi, wir erhalten immer
Zeitschriften von einem
Diplomingenieur Schneid aus Dessau, die kommen regelmäßig.
Nochmals Grüße, Eure
Schwester.
[zweite Seite:]
Grüßt meine alten Bekannten, schreibt mir
welche von meinen Freunden noch am Leben sind.
Lebt die Zimmermann Anna noch,
R. Robert? Die Richter Re(s)li grüßt alle. Liebe Hermine,
hast Du nicht ein
Bild von meinem Neffen Karli als Soldat, mit seinen vielen Auszeichnungen,
wenn
es auch schon alt ist, wir sind sehr stolz auf die schönen Soldatenbi8lder von
Dir und
Rosas Söhnen.
Lebt wohl
-x-
Weihnachten,
25.12.1927
Liebe Schwester und Familie
Vor allen anderen
muß ich freundlich um Entschuldigung bitten, daß ich so lange auf Antwort
warten ließ. Euer werten Bilder und Briefe erhielten wir im März 26. Habe Euch
nach Ankunft der selten eine Postkarte gesandt, welche Ihr wahrscheinlich
erhalten habt.
Liebe Rosa, Du
hast mir eine sehr große Freunde gemacht mit Euren werten Bildern. Seht alle
Beide noch recht gut und rüstig aus und wünsche es Euch allen recht herzlich,
daß ihr noch recht lange gesund und glücklich seid.
Was
uns anbelangt so sind wir auch noch soweit gesund. Wenn man über 50 ist, dann
meldet sich schon hie[r] und da einmal das Alter. Hier ist es schlimmer wie
[/als] drüben, denn die Arbeit ist zu hart, das wirst Du liebe Schwester noch
wissen. In Deinem Schreiben teilst Du mir mit, daß Ihr habt viel viel müssen
durchmachen. Das will ich Euch herzlich gern glauben. Ja liebe Schwester, wir
hatten auch während des Krieges unsere Gedanken stets bei Euch und um Euch
gebeten und geweint. Gott möge verhüten, daß so etwas nicht noch einmal
passiert, nicht hier noch bei Euch.
Bei uns hat es
wiedermal Hochzeit gegeben. Unser Sohn Rudolf hat sich am 12. November mit
einer Tochter von Lütcke verheiratet, also aus dem Geschäftshause, wo früher
Veit August war. Ihre Mutter ist eine Schwester von Frau Veit. Du wirst Dich
vielleicht noch erinnern können an die kleine Vende [sic] von Veit. Jetzt ist
natürlich alles anders wie damals, unser Sohn betreibt die Schmiederei
[Seite 2:]
Schon 1 ½ Jahr
selbständi, wohnt mit au unsern Lande. Gelernt hat er bei unseren Schwiedersohn
Albin Ruschel, welcher unsere Tochter Friede hat. Sie sind auch sehr weit
fortgewandert in die neuen Kolinien. Hier hatten Sie eine sehr gut gehende
Schmiede, bei der katholischen Kirche. Er
wollte lieber auf dem Lande arbeiten und hier ist edas Land sehr teuer,
da müssen halt viel weit fort in den Urwald machen [/ gehen/ ziehen].
Unser
zweitältester Sohn Karlos ist auch mitgemacht [/mitgezogen]. Nun wir wollen das
Besten hoffe, wenn sie nur gesund bleiben. Große Hilfe haben sie ja noch nicht.
Friede ihre Älteste ist 5 Jahre und zwei Kleinere [Kinder]. Wir haben erst ein
Schreiben erhalten, da macht man sich viele Gedanken, wenn die Kinder so weit gehen in die Wildnis. Die Deinigen
[Kinder] hast Du schön [dicht] um Dich, kannst Freund und Leid mit ihnen
teilen. Und erst ein Enkelsohn, ich habe schon 10. Unsere Tochter Elli ist auch
weiter gewandert, 4 Stunden von uns nach dem Theewald [sic], geht ihr ganz gut
und auch unser[er] Rosa.
Liebe
Schwester, Du schreibst, daß sich sehr vieles geändert hat in meiner lieben
Heimat, das glaube ich nach so vielen Jahren, und doch ich würde mich immer
noch zurechtfinden und wenn e s in der Nacht wäre, daß ich Heim käme. Auch hier
hat sich manches geändert, der Wals ist meist niedergehauen, die Wege sind alle
gut im [Zu-]Stande, es gehen fast jeden Tag Autos vorüber. Bis nach der bahn
haben wir drei Stunden zu Reiten, von da wo wir auf Avilla [sic] gewohnt haben,
wenn Du Dich noch erinnern kannst, ist es noch eine gute Stunde bis an die
Station, von da 5 Stunden per Bahn nach Porto Alegre. Bei Euch wird schon
Verkehr in der Luft sein. Ja wer hätte das einmal gedacht, daß
[Seite 3:]
Die
großen Mädchen sich würden so kurz tragen und die Haaren abschneiden, wie die
Buben, es ist halt modern. Auch frägst Du was aus dem väterlichen Hause ist
geworden. Da ist nicht mehr viel davon. Der jetzige Eigentümer hat alles
umgebaut. Von Bruder Erhard kann ich Dir auch nicht viel mitteilen, wir kommen
nicht oft zusammen. Er ist bei seinem Sohne, welcher auch eine Schmiede hat.
Das Bild habe ich ihm gegeben. Von Bruder Karl hat sich die Tochter
verheiratet. Das Bild welches Du mitgeschickt hast, habe ich abgegeben. Sie
läßt sich bedanken und Euch alle grüßen. Es geht ihnen ganz gut, bloß die
Schwägerin war jetzt immer kränklich. Und nun liebe Schwester und Schwager
wollen wir uns herzlichst bedanken für die große Freude, welche ihr uns
bereitet habt durch die Ankunft Eurer lieben Bilder. Auch sage Deinem Sohn Hugo
die besten Grüße und herzlichen Dank. Gleichzeitig danken wir für das Buch von
Richters Robert, eine liebe Erinnerung aus der Heimat. Jetzt liebe Schwester
fehlt mir aber noch das Bild von Schwester Hermina, warum Denkt denn die gar
nicht mehr an mich. Nicht wahr, Du weist es noch wie das tut, wenn man soweit
in der Ferne ist. Sage ihr und Familie die herzlichsten Grüße von uns Allen,
sie soll und doch auch einmal schreiben. In Deinem lieben Brief hat mir meine
Nichte Emmie einige Zeilen geschrieben, wofür ich herzlich danke und bitte sie
soll ihr Versprächen halten, und uns mit Bildern erfreuen. Die herzlichsten
Grüße an sie und ihren werten Mann.
Nun was machen sie
[(die Leute)] denn in meinem lieben Wiesenthal, ich wollte zum Jahrmarkt kommen
[(Ironie)].
[Seite 4:]
Welcher im Mai war, es war mir halt zu weit.
Was macht die
Familie noch von meinem verstorbenen Bruder, hoffentlich geht es gut. Ich warte
schon sehr lange auf eine Antwort auf meinem Brief, welchen ich im Februar abgeschickt
habe. Sage ihnen viel herzliche Grüße an alle und nochmals besten Dank für die
schönen Erinnerungen von meinem Wiesenthal. Grüße auch meine früheren Freundin
von mir und Richter Elli und die Zimmermann Anna und noch mehr.
Das Neuste, was
ich Euch noch mitteilen muß, daß unser Sohn Rudolf zum Militär muß, auf ein
Jahr. Er ist 22 Jahre. Ich werde Euch nächstens ein Bild von ihm schicken. Sie
sind jetzt noch nicht fertig. Anbei sende ich Euch auch ein verpfuschtes Bild
von uns. Hierzuland ist es nämlich viel Geld und schlechte Ware, fast muß ich
mich schämen, denn ich sehe aus wie eine alte Brasilianerin.
Nun schließe ich
mein Schreiben mit den herzlichsten Grüßen an Euch alle und hoffe das Euch
Selbes [(das Schreibe/ der Brief)] bester Gesundheit antreffen möge,
gleichzeitig fröhliche Weihnachten und glücklich Neujahr sendet Deine
aufrichtige Schwester Marie und Familie.
Und bitte bitte [sic] bald einen rechtlangen
Brief schreiben.
Und liegen
zwischen uns auch viele tausend Meilen, fließt zwischen uns der große Ozean,
doch Liebe weiß die Strecke zu durcheilen, kommt in der Heimat bei Euch Lieben
an. Lebet wohl.
In Unserer Nähe
hat sich ein Deutscher Arzt
niedergelassen, er ist Rumburger [(aus Rumburg)], Na.
Heißler, drei
Jahre von drüben]
-x-